Sei que o texto é longo,mas leia-o pois vale muito a pena para tirar dúvidas sobre a questão se Jesus é Deus à luz da lógica,da razão e do bom senso.A ideia para a postagem me chegou por conta de um email que recebi de uma amiga muito querida com alguns questionamentos e entre eles estava este tema,que é dúvida de muitos.A s outras dúvidas responderei depois.Bom estudo!!
ESTUDANDO O EVANGELHO - MARTINS PERALVA
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Jesus e Deus – 1º
Meu Pai e eu somos um.
Aqueles que afirmam, ou, pelo menos, crêem que Jesus e Deus são a mesma entidade, louvam-se, sem dúvida, nas seguintes palavras do Mestre: — “Meu Pai e eu Somos um.”
Baseando-nos, contudo, nessas palavras para cultivarmos a crença de que Jesus é o próprio Deus, seremos, forçosa e inevitavelmente, compelidos a também igualar o Mestre aos discípulos, o Cristo aos apóstolos, pois no Evangelho de João (capítulo 14º, versículo 20) está escrito: “... estou em meu Pai e vós em mim e eu em vós”.
Não há outra alternativa.
Não há diferença entre as duas frases: “Meu Pai está em mim e eu nele”, com que se refere Jesus a Deus, e a outra: “Vós (estais) em mim e eu em vós”, com que o mesmo Jesus se reporta aos discípulos.
De fato Jesus sempre esteve com Deus. E Deus, por sua vez, sempre esteve com Jesus.
A vontade de um sempre foi a do outro.
São um pelo pensamento — uma vez que tudo quan¬to o Cristo realizava e realiza ainda é sob a inspiração direta de Deus.
A Alma puríssima de Jesus é o cristalino espelho onde a vontade do Senhor dos Mundos se reflete sobe¬rana e misericordiosa.
Deus é o Pai, Jesus é o Filho.
Deus é o Soberano Universal, Causa Primária de Todas as Coisas, Inteligência Suprema do Universo, como O define o Espiritismo.
Jesus é o Seu Embaixador na Terra.
Deus criou o Universo, que é a soma, a reunião, o conjunto de todos os mundos, galáxias, constelações, sistemas planetários.
Jesus, Seu Enviado, presidiu a formação do orbe terrestre, daí ter afirmado: — “Sou o princípio de todas as coisas, eu que vos falo.”
E nós acrescentamos, em nome das luzes da Doutrina Espírita: de todas as coisas terrestres.
Diz Emmanuel que o Cristo organizou o cenário da vida, criando, sob as vistas de Deus, o indispensável à existência dos seres do porvir”.
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Em todas as suas referências, Jesus sempre esclarece que não é Deus.
Que não é Onipotente.
Que a Sua vontade está condicionada à do Pai.
Em comovedora, constante e sublime demonstração de obediência e compreensão filiais, põe sempre acima do Seu o Poder de Deus.
Embaixador Celeste, nada fêz em discordância com a vontade do Pai, que O enviou, em missão apostolar, ao globo terrestre.
A Sabedoria e o Amor do Pai, que O fêz descer das infinitas regiões de luz para as sombras do mundo, estiveram sempre com o Filho.
Nos pensamentos, nas palavras, nas atitudes.
Eram e são, por conseguinte, um pelo pensamento, um pelo coração, um pela inteligência.
Tanto quanto os discípulos, tocados pelo ideal evangélico — de que era Jesus a personificação na Terra — eram também um com o Mestre.
Os discípulos estavam com Jesus, quanto Jesus estava com os discípulos.
Nada mais claro.
Nem mais lógico.
Nem mais simples.
Quando um Embaixador, um Ministro, um Cônsul, afinal, segue invariàvelmente a orientação do governo que representa, embora representante e governo sejam pessoas distintas, são um pelo pensamento, porque um executa fielmente a vontade do outro.
Não houve até hoje, na Terra, quem representasse com tamanha fidelidade o pensamento do seu representado, como Jesus o fêz com relação a Deus.
Basta meditar sobre isto: Deus é Amor, Jesus éAmor.
Deus governa o Universo, de que a Terra é minúsculo departamento. Jesus é o Mandatário do Pai neste mundo.
Mas são um pelo pensamento.
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Jesus e Deus – 2º
Meu Pai, nas tuas mãos entrego a minha alma.
Vai o Espiritismo ganhando terreno não só no coração, mas também na consciência da Humanidade, em virtude da lógica de sua doutrina e da clareza com que estuda e elucida os problemas da evolução espiritual.
E como os explica com simplicidade, a cada dia mais se vêem os seus adeptos defrontados com variadas interpelações, das mais simples às mais complicadas.
Percebe-se, no homem moderno, a ânsia do conhe¬cimento.
E como quem está sequioso procura, naturalmente, dessedentar-se, vem-se o Espiritismo constituindo, sob os clarões do Evangelho, a fonte generosa que a todos ampara, na sublime missão de servir.
Inegavelmente vem sendo a Doutrina Espírita o poço de Jacob da atualidade. Localizado à margem do caminho, fornece aos viajores a preciosa linfa do esclareci¬mento e da consolação.
Assim sendo, cresce a responsabilidade dos que lhe abraçam os ideais renovativos; eis que se tornam alvo de expressivas indagações, inclusive das que se referem à personalidade de Jesus, que, no parecer de muita gente, é o próprio Deus.
Embora dispensando o maior apreço à opinião dos que pensam, aceitam e difundem a idéia de que Jesus e Deus são a mesma entidade, somos compelidos a abordar, com sincera genuflexão, o delicado e transcendente problema.
Coloquemos, todavia, à guisa de moldura, as próprias palavras do Mestre.
Folheemos, pois, mui respeitosamente, o Evangelho do Senhor — Repositório de Suas lições, Santuário de Suas palavras.
Deixemos que os próprios ensinos do Cristo de Deus façam luz sobre o assunto, eqüacionem o problema que tanto tem aguçado a curiosidade dos homens.
As passagens que alinharemos a seguir foram extraidas do Novo Testamento.
Todas elas se reportam, com absoluta clareza, ao assunto em estudo, deixando, pelo menos a nós, Espíritas, a convicção de que Jesus é um, e Deus é outro.
Um — é o Pai; outro — é o Filho.
Deus — o Criador do Universo.
Jesus — o Governador Espiritual da Terra.
O primeiro — Outorgante.
O Segundo — Outorgado.
Reflitamos, pois.
“A palavra que ouvistes não é minha, mas do Pai que me enviou.” — João, capítulo 14º, versículo 24.
“Porque me chamais bom? Não há bom senão um só, que é Deus.” — Mateus, capítulo 19º, versículo 17; Marcos, capítulo 10º, versículo 18; Lucas, capítulo 18º, versículo 19.
“... eu desci do Céu, não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” — João, capítulo 6º, versículo 38.
“Assim procedo para que o mundo saiba que eu amo o Pai e faço como o Pai me ordenou.” — João, capítulo 14º, versículo 31.
“Quem quer que me recebe, recebe aquele que me enviou.” — Lucas, capítulo 9º, versículo 48.
“... agora procurais dar-me a morte, a mim que vos tenho dito a verdade que aprendi de Deus.” — João, capítulo 8º, versículo 40.
“Ainda estou convosco por um pouco de tempo e vou em seguida para aquele que me enviou.” — João, capítulo 7º, versículo 33.
“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Conso¬lador a fim de que esteja para sempre convosco.” — João, capítulo 14º, versículo 16.
“Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai, pois o Pai é maior do que eu.” — João, capítulo 14º, versículo 28.
“Meu Pai, se for possível, afasta de mim este cálice.” — Mateus, capítulo 26º, versículo 39.
Mais adiante, no versículo 42, continua a sublime e incompreendida conversação com Deus: “Meu Pai, se não é possível passar de mim este cálice, sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.”
Mais adiante, ainda, o incisivo, admirável, incontrovertido apontamento de Lucas (capítulo 23º, versículo 46): — “Meu Pai, nas tuas mãos entrego a minha alma.”
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Jesus declara que a
palavra ouvida não foi sua, mas do Pai.
Que Ele não é bom, mas Deus o é.
Que não desceu do Céu para fazer a Sua vontade, mas a dAquele que O enviou.
Que ama o Pai.
Que quem O recebe, recebe Aquele que O enviou.
Que aprendeu a verdade de Deus.
Que vai para junto daquele que O enviou.
Que rogará ao Pai e Ele nos dará outro Consolador.
Que, se o amássemos, alegrar-nos-íamos de que fosse para o Pai.
Que o Pai é maior do que Ele.
Pede que o cálice seja afastado dEle, se possível.
Que, se não for possível, se faça a vontade do Pai.
Entrega, afinal, nas mãos de Deus o Seu Espírito, a Sua Alma.
Que Ele não é bom, mas Deus o é.
Que não desceu do Céu para fazer a Sua vontade, mas a dAquele que O enviou.
Que ama o Pai.
Que quem O recebe, recebe Aquele que O enviou.
Que aprendeu a verdade de Deus.
Que vai para junto daquele que O enviou.
Que rogará ao Pai e Ele nos dará outro Consolador.
Que, se o amássemos, alegrar-nos-íamos de que fosse para o Pai.
Que o Pai é maior do que Ele.
Pede que o cálice seja afastado dEle, se possível.
Que, se não for possível, se faça a vontade do Pai.
Entrega, afinal, nas mãos de Deus o Seu Espírito, a Sua Alma.
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Jesus e Deus – 3º
herdeiros de Deus e co-herdeiros de Jesus Cristo.
No exame do problema da identidade de Jesus com Deus, do Filho com Pai, é justo e conveniente auscultemos, também, a opinião dos apóstolos.
Precisamos conhecer o pensamento, o testemunho daqueles que foram vasos escolhidos para o ministério evangélico.
Diz Allan Kardec, com a prudência e sensatez que lhe caracterizavam o Espírito: “De todas essas opiniões, as de maior valor são, incontestàvelmente, as dos apóstolos, uma vez que estes O assistiram em sua missão, e uma vez também que, se Ele lhes houvesse dado instruções secretas, respeito à Sua natureza, alguns traços dessas instruções se descobririam nos escritos deles. Tendo vivido na sua intimidade, melhor do que ninguém haviam eles de conhecê-Lo.”
Ouçamos a palavra de Pedro, o velho Barjonas, que assistiu a Jesus desde a primeira hora.
“O Deus de nossos Pais ressuscitou a Jesus, que vós fizestes morrer, pendurando-o no madeiro.” — Atos, capítulo 5º, versículo 30.
“Varões israelitas, atendei a estas palavras: Jesus, o Nazareno, varão aprovado por Deus diante de vós.. .“ — Atos, capítulo 2º, versículo 22.
“A este Jesus, Deus ressuscitou, do que todos nós somos testemunhas.” — Atos, capítulo 2º, versículo 32.
“Que, pois, toda a Casa de Israel saiba, com absoluta certeza, que Deus fez Senhor e Cristo a esse Jesus que vós crucificastes.” — Atos, capítulo 2º, versículo 36.
“Foi por vós, primeiramente, que Deus suscitou seu Filho e vo-lo enviou para vos abençoar, a fim de que cada um se convertesse da sua má vida.” — Atos, capítulo 3º, versículo 26.
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Ouçamos, agora, a Paulo de Tarso, o erudito e sublimado Doutor dos Gentios.
Paulo de Tarso — o ardoroso discípulo de Gamaliél e seu presumível substituto no Sinédrio.
Conheçamos, também, o vigoroso e inspirado pensamento do notável bandeirante do Evangelho do Reino, “cujos escritos prepararam os primeiros formulários da religião cristã”.
“Se o confessais de boca que Jesus Cristo é o Senhor e se credes que Deus o ressuscitou dentre os mortos, sereis salvos.” — Romanos, capítulo 10º, versículo 9.
“Porque se nós, quando inimigos fomos reconciliados com Deus mediante a morte do Seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela Sua vida.” — Romanos, capítulo 5º, versículo 10.
“Deus, em sua bondade, tendo querido que Ele mor¬resse por todos — por ser Ele bem digno de Deus...“ — Hebreus, capítulo 2º, versículo 9.
“Se somos filhos, somos também herdeiros, herdei¬ros de Deus e co-herdeiros de Jesus-Cristo.” — Romanos, capítulo 8º, versículo 17.
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Como se vê, assimilando o pensamento de Jesus, os apóstolos dão testemunho sobre a personalidade do Mestre.
Dezenas de passagens semelhantes poderiam ser alinhadas, sem qualquer dificuldade, todas elas estabelecendo clara distinção entre Deus e Jesus, entre o Pai e o Filho.
Depois do auto-pronunciamento do Cristo, inegàvelmente as opiniões mais abalizadas são as dos apóstolos, uma vez que participaram da vida de Jesus, em todos os instantes da sua atividade pública.
Privaram da intimidade do Senhor.
Recebiam-lhe, diretamente dos lábios, os ensinos e as instruções.
Ouviam-lhe, diuturnamente, as lições de eterna beleza e de eterna sabedoria.
Acatar-lhes, pois, o pensamento, constitui homena¬gem viva de nossas almas àqueles homens pelo próprio Mestre escolhidos, e pré-escolhidos, para o ministério evangélico.
Se a palavra de Jesus e as opiniões dos apóstolos nos merecem fé, não tenhamos dúvida em afirmar que Deus é um, e Jesus é outro.
Deus — é o Pai.
Jesus — é o Filho.
E nós, os humanos, somos os irmãos de Jesus.
Herdeiros de Deus.
Co-herdeiros de Jesus.
Desde já agradeço aos amigos pela presença.Bjsss
ResponderExcluirOi querida adorei sua visita, sigo a doutrina espirita há 10 anos e através dela pude ter muitas respostas para várias questões,amo tb o que eu faço e me sinto muito bem em poder ajudar sempre que é necessário.
ResponderExcluirbjs
Dani
Muito bom, Zilda. Bem esclarecedor.
ResponderExcluirBeijinho...
So tenho uma coisa a dizer"AMEI"!!!
ResponderExcluirQuerida, deve ser bom ter fé.
ResponderExcluirbjs
Acredito que não resta nenhuma dúvida, com tantas passagens bíblica deixando claro.
ResponderExcluirAbraço minha amiga Zilda!
OOI,retribuindo a visitinha...beijos e boa sorte,viu?!!
ResponderExcluirpraticidadesfemininas.blogspot.com
Meu coração fica em paz sempre que passo por aqui.
ResponderExcluirBjoks
Zilda,
ResponderExcluirvim avisar que é hoje o dia da Festa aos Pedaços de Amor. Desculpe não me demorar por aqui mas estou num corre-corre pois as participações não param de chegar.
Beijo. Até breve.
Rute
Linda e magnifica mensagem, que Deus te abençoe muito.. por tão linda mensagem, que tão bem faz ao meu espirito que anda em fase de muita tristeza..
ResponderExcluirRealmente são muito sábias essas palavras, já que nos induzem a uma reflexão profunda, mostrando a importância de saber aproveitar a vivência. Mostram o quanto nos é importante saber analisar corretamente erros e acertos que formos cometendo durante a vida. Ou que formos observando outros cometerem. Analisando corretamente, poderemos aproveitar falhas alheias em nosso benefício.
ResponderExcluirMeu espirito anda triste dimais, e este texto maravilhoso me trouxe conforto. muito obrigada de coração..
Parabens pelo blog!
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