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quarta-feira, 12 de maio de 2010

O OPORTUNISMO ABORTEIRO DE SÉRGIO CABRAL


O OPORTUNISMO ABORTEIRO DE SÉRGIO CABRAL‏
De: Jefferson Modesto (jefferson.modesto@yahoo.com.br)
Enviada: quarta-feira, 31 de outubro de 2007 23:02:49
Para: abrade@abrade.com.br
Quando o governador Sérgio Cabral usou o trabalho do economista Steven Levitt ("Freakonomics") para defender o aborto como política de segurança pública, dizendo que a Favela da Rocinha "é uma fábrica de produzir marginal", juntou, num só "bonde", oportunismo, impostura e ignorância.
Cabral é oportunista porque, em setembro de 1996, quando era candidato a prefeito do Rio, descasou seu adversário, Luiz Paulo Conde, por defender o aborto. Nas suas palavras: "Conde foi leviano. O que o Rio precisa é melhorar o atendimento na saúde". Continua oportunista ao tentar reescrever o que disse ao repórter Aluizio Freire, do portal G1, no qual sua entrevista está conservada na íntegra.
Cabral praticou uma impostura quando embaralhou uma questão de direito - a decisão da Corte Suprema, que, em 1973, legalizou o aborto nos Estados Unidos - com as estatísticas do crime nos anos 1990. A Corte decidiu uma dúvida constitucional: o direito da mulher interromper a gravidez. Esse é o verdadeiro e único debate do aborto. Nada a ver com o propósito de fechar (ou abrir) "fábrica de produzir marginais".
Levitt, por sua vez, indicou que o aborto foi responsável por uma queda de 50% na criminalidade americana. Em momento algum apresentou-o como alternativa de controle da natalidade. Pelo contrário, qualificou-o como "um tipo de seguro rudimentar e drástico". Cabral submeteu-se a uma vasectomia e não terá mais filhos (teve cinco).
Tanto Levitt como a Corte Suprema não atravessaram a linha que o doutor transpôs, vendo no aborto uma modalidade de política pública capaz de produzir segurança. Uma coisa é dizer que houve uma relação de causa e efeito entre a liberação do aborto e queda de criminalidade. Bem outra é associar o aborto às políticas de segurança pública.
A teoria de Cabral sustentou-se na ignorância. Ele disse que a Rocinha tem taxas de fertilidade africanas. Besteira, elas equivalem à metade. Em 2000, o número médio de filhos nas favelas (2,6) era superior aos dos outros bairros do   (1,7) mas ficavam próximos da estatística nacional (2,1).
Quem acha que o problema da segurança está na barriga das faveladas deve pensar em mudar de planeta. A taxa dos morros do Rio é a mesma do mundo. Nos anos 1970, muitos sábios sustentatam que o Brasil precisava baixar sua taxa de fertilidade (5,8) para distribuir melhor a riqueza.
Passou-se uma geração, a fertilidade caiu um terço (1,9) e o índice de Gini, que mede as desigualdades de renda passou de 0,56 para 0,57, chegando ao padrão uruguaio. Nasceram menos brasileiros, mas não se reduziu o fosso social.
A tropa de elite pode acreditar que se aprimora a segurança pública com o capitão Nascimento cuidando dos morros e o governador Cabral, dos ventres. As contas de Levitt são honestas, suas conclusões são rigorosas e "Freakonomics" é um ótimo livro.
Aplicando-se a outros números de Pindorama o mesmo tipo de tortura cerebrina a que Cabral submeteu as conclusões do economista americano, seria possível dizer que a queda de 67% na taxa de fertilidade nacional provocou um aumento de 30¨% dos homicídios no Rio de Janeiro.
O artigo "The impact of legalized abortion on crime", de Steven Levitt e John Donohue III, está na internet, infelizmente em inglês. É melhor do que o resumo publicado em "Freakonomics".
ELIO GASPARI - JORNAL O LIBERAL 28/10/2007
JEFFERSON MODESTO (BELÉM PA)

2 comentários:

  1. A intenção de Cabral é reduzir a morte de mulheres que fazem aborto clandestinamente.Infelizmente a quantidade de mulheres que abortam é grande, gerando complicações e morte, pois são clínicas sem qualquer preparo.

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  2. Não existe clínica boa para fazer aborto,para matar,isto é conversa dos abortistas.Todo aborto mata,um ser humano e as mães correm riscos.

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