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segunda-feira, 3 de maio de 2010

A espiritualidade punitiva




A espiritualidade punitiva
A espiritualidade é a própria manifestação de uma consciência mais ampla, que se dá através de uma conexão simples, direta e, principalmente, natural. Essa conexão acontece pelo canal do coração (sentimento) e da mente (intenção).

Na atualidade, as pessoas buscam uma espiritualidade leve, sem muitas regras ou premissas engessadas e deterministas. Ninguém agüenta mais os termos: pecado, blasfêmia, confissão, castigo, sofrimento, salvação, vida eterna, culpa, extrema unção, etc.

Não estou aqui dizendo que os erros não aconteçam e, principalmente, que a busca de evolução não seja necessário. Ao contrário, escrevo sempre com o objetivo principal de mostrar meios para ajudar as pessoas evoluírem, transformando seus erros em crescimento pessoal. Mas quero lembrar que a espiritualidade punitiva está totalmente fora de moda. Que tremenda injustiça dizer que Deus castiga, vendo toda a grandeza do universo e a Lei do Livre Arbítrio que nos dá tanta liberdade. A lei do karma como exemplo: justa, reta e precisa como um bom relógio suíço.

Certa vez, fui a uma ótima livraria no interior do estado do Rio Grande do Sul. Surpreendi-me pela grande variedade de livros de espiritualidade, auto-ajuda, entre outros que tanto aprecio. Quando estava saindo, vi um pequeno livro que me chamou a atenção por um motivo que na hora eu não conseguia entender.

Então, fui na direção daquele livro, podendo ler perfeitamente o que estava escrito na capa. Surpreendi-me com o título, que por uma questão de respeito não vou revelar. Posso dizer que a mensagem principal do livro era determinar quais coisas as pessoas seguidoras daquela religião (tão cheia de adeptos aqui no Brasil) não deveriam fazer, impondo de forma determinista.

Eu fiquei estarrecido, pensei: como pode? Determinar impositivamente não faça isso, não faça aquilo, etc. O pior é que os argumentos eram baseados em citações da Bíblia, que foram interpretados de maneira tão distorcida, que cheguei a repudiar aquele livro. Mas pensei: não vou parar de ler, vou mais adiante, acreditando que iria ficar mais interessante.

Foi, então, que insisti em procurar sobre dicas que pudessem estimular os leitores a analisar todas as coisas de maneira mais amorosa. Na verdade, eu queria encontrar naquele livro coisas que não encontrei. Eu não podia acreditar que alguém fizesse uma obra daquelas - sinceramente fiquei triste.

Até respeito o fato de que a idéia do livro fosse alertar o seu leitor sobre os perigos de algumas práticas que não fossem condizentes a tal religião, mas daí até determinar com tanta arrogância o que cada ser deveria fazer... O que eu gostaria de ter visto naquele livro, na verdade, é que seu alerta fosse dado, mas que recomendasse seu leitor a meditar sobre cada ato, a questionar de coração e a ouvir a voz da intuição. Mas, pelo visto, neste tipo de espiritualidade punitiva, a intuição não tem vez.

Por isso pergunto: Que caminhos espirituais são esses que não deixam as pessoas se guiarem pelos seus lemes interiores, que são seus corações e intuições? Que espiritualidade é essa que não respeita o livre arbítrio de cada pessoa e que usa o determinismo como forma de controle?

Vejo com bons olhos as religiões que transferem para cada próprio ser as responsabilidades de crescer, evoluir, ser feliz ou ser triste, alertado sobre as inferioridades e atitudes negativas, no entanto permitindo tomar suas decisões. Por esse motivo é que estamos vendo um movimento anti-religião que assusta aos interessados em mantê-las, e por que será?

As igrejas mais tradicionais do ocidente estão experimentando uma evasão de fiéis muito grandes. Isso tudo acontecendo porque as pessoas estão como nunca sentindo que essa liberdade de expressão conquistada é muito positiva no que se refere à espiritualidade, e isso é ótimo se a pessoa quiser evoluir e buscar Deus com leveza.

Não estou tripudiando as religiões, tampouco as ridicularizando. Estou alertando para a necessidade de buscarmos a espiritualidade, sim, a todo tempo e intensamente. No entanto, sempre estimulando que essa busca aconteça de forma livre, universalista, leve e natural.

10 comentários:

  1. Oiee!!
    radicalismo seja em q campo da vida for, jamais será saudável!
    Ótima semana pra ti!
    Bjs

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  2. Olá, minha querida!
    Parabéns pelo blog! Espiritualidade é indispensável na nossa vida!
    Bjkas, muitas!

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  3. Prazer encontrar seu comentário,Teresa.Obrigada e bj no coração.

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  4. Obrigada Sônia..............Bjssssssssssssssss

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  5. Não pode haver mais nada tão punitivo quanto nos retirarem a liberdade de escolha.

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  6. Obrigada amigo gaúcho,pela sua constância...............

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  7. Já tinha seu blog, Zilda, pra uma aula do manualzinho, veja só! E nem sabia que eras tu rs Que bom!!
    Beijos

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  8. Bom d+++++++++++++++++Obrigada pela visita Ana!!!!Bjs.

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  9. "Pedi a Deus um pouco d'água pra minha sede aplacar...
    Ele me deu rios, lagos, a chuva e o próprio mar...



    Pedi a Deus muita música pra meu ouvido embalar...

    E aos sons da natureza, ouvi pássaros cantar.



    Pedi a Deus espetáculos para eu poder me entreter...

    E Ele mostrou-me o encanto do sol ao entardecer...



    Eu pedi uma mansão pra realizar um sonho antigo

    E Deus estendeu-me os seus braços de amigo.



    Pedi a Deus companhia pra não me sentir sozinho...

    E Ele me deu amigos, animais e da família o carinho.



    Pedi a Deus um remédio pra aplacar minhas dores...

    E Ele cercou minha vida de prazeres e amores...



    Pedi a Deus o retorno dos que nos deixaram sós...

    Ele mostrou-me que as almas continuam entre nós...



    Eu nada tenho, enfim, que vos pedir, meu Deus...

    Porque viveis realizando os mais fundos sonhos meus:

    Provestes a Terra com todo bem que necessito

    E o que precisa a minh'alma... está por todo o infinito."

    Abraço de Paz!

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  10. Obrigada por sua presença e pelo presente.Beijo no coração.

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